Em defesa da liberdade de imprensa, colunista da Veja reclama: ‘Há algo de errado... com o jornalismo’
O colunista da Veja, Reinaldo Azevedo, expôs em sua coluna, nesta terça-feira, sua indignação para com os meios de comunicação no Brasil, depois da polêmica com a eleição do deputado evangélico Marco Feliciano (PSC) para presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
- Facebook/Reinaldo Azevedo
Enquanto Feliciano se tornara foco da mídia, outros deputados, envolvidos no escândalo do mensalão, José Genuíno do PT e João Paulo Cunha assumiam outras comissões mais importantes da Câmara. O caso dos deputados envolvidos com corrupção, no entanto, não ganharam atenção da imprensa.
Reinaldo, então, criticou a imprensa pela abordagem desviada e parcial em ambas as situações. Por sua vez, o colunista foi então ‘criticado por criticar’ a imprensa, mas afirmou que faz isso porque quer uma imprensa livre, “que não se deixe controlar nem pelo estado nem por corporações, qualquer que seja a natureza.”
“Sou crítico, sim, da imprensa, especialmente nestes tempos em que ela é tão cegamente liberticida; em que põe, voluntariamente, a cabeça no cutelo. A Constituição nos garante a liberdade, e o estado (não o governo!) a tem assegurado.”
Um dos maiores controladores indiretos da mídia
que Reinaldo parece sugerir no seu texto é maior opositor de Marco
Feliciano na Câmara, Jean Wyllys. Jean, bem como outros defensores da
causa LGBT, acusaram constantemente Feliciano de ser homofóbico, por
suas declarações contra o homossexualismo.
Apesar
de Feliciano de negar ser homofóbico e alegar que opinião não pode ser
criminalizada, a frase "Feliciano é homofóbico" pareceu ter se tornado
uma "uma verdade" incontestável depois de uma cobertura jornalística em
massa.Reinaldo, entretanto, que não concorda com o “sindicalismo gay” e “seus métodos e sua campanha evangelicofóbica ou cristofóbica,” defendeu a liberdade de opinião e democracia. Ele criticou ainda a posição de Jean, que, segundo ele, chegou até a indicar o nome do PSC que ele queria presidindo a comissão.
“Sim, o deputado do PSOL se considera no direito de escolher o nome do outro partido que gostaria de ver no cargo. E o jornalismo o trata como a voz da ponderação e do bom senso”, ironizou indignado, Reinaldo.
Segundo ele, pessoas como ele, são “policiais informais do pensamento” que impõem sua “vontade na base do berro, da intimidação e da satanização”.
O colunista admite que tem divergências com Marco Feliciano, mas questionou “Será mesmo que Feliciano foi além do que pode tolerar o regime democrático”? E respondeu, “A resposta, obviamente, é ‘não’. E nem por isso preciso concordar com ele.”
Em uma coluna anterior, Reinaldo Azevedo comparou a eleição dos dois deputados. Jean Wyllys foi eleito democraticamente com 13 mil votos, enquanto que Marco Feliciano foi eleito com 212 mil votos.
Ele avaliou que os protestos contra Marco Feliciano na CDHM vão contra a democracia, já que ele foi eleito por uma maioria.
“Um evangélico chegou à presidência da comissão por mecanismos garantidos pela democracia e não pode ser deposto por métodos ditatoriais. Feliciano também não me representa. Como sou um democrata, acho que ele tem de cumprir seu mandato. É possível discordar de alguém sem aderir a uma campanha de linchamento. É possível fazer-se ouvir no Congresso sem agredir os fundamentos da democracia”, afirmou o colunista.
The Christian Post
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