Mulher vai presa durante ritual com criança na porta de igreja em Goiás
Uma mulher foi presa em Mineiros, no sudoeste de Goiás, durante um ritual realizado em frente à igreja Matriz, na tarde de sexta-feira (21).
Segundo a Polícia Militar, ela estava
com uma criança de 3 anos, da qual é madrinha, além de álcool, soda
cáustica, várias caixas de fósforo e uma bíblia. “Ela falava que ia
livrar a cidade do Satanás”, disse ao G1 o cabo Carlos Alexandre Lemos Morais, que esteve no local.
De acordo com o militar, por volta das
12h, o menino estava só de cuecas, aos pés de uma cruz em frente à
igreja. Ajoelhada aos pés da cruz, a mulher pronunciava palavras
desconexas, com uma bíblia e um crucifixo. “Ela estava surtada. Não
falava coisa com coisa. Só fazia rezas e cânticos. Quando eu a abordei,
ela me xingou, jogou álcool na minha cara e eu a prendi”, relata
Cabo Alexandre afirma que a criança
correu risco de morrer. Segundo o militar, antes de chegar à praça, a
mulher passou em um supermercado e comprou três litros de álcool, a soda
e os fósforos. “Ela colocou um pouco de álcool em uma aliança no chão e
ateou fogo. Ao lado do fogo, estavam as três garrafas com o restante do
material inflamável. E o que ela queria com tanto álcool e a soda?”,
questiona.
A mulher foi levada para a delegacia,
mas como não chegou a fazer nada com o menino, a Polícia Civil lavrou um
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por periclição de menor, ou
seja, colocar a integridade de criança em risco. Bastante alterada, ela
não conseguiu prestar depoimento e foi socorrida pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgências (Samu) a uma clínica psiquiátrica.
Mulher estava com três litros de álcool, soda e fósforos
Os policiais entregaram o menino ao
Conselho Tutelar da cidade, que localizou os pais e devolveu a criança.
Ao G1, a conselheira Coraci Pereira de Oliveira disse que ele estava com
a mulher porque ela é amiga da família e madrinha do garoto.
“Essa família vai passar por
acompanhamento e receber orientações. Também vamos encaminhar a criança
para o apoio psicológico”, disse a conselheira.
Informações: G1
0 Comentários