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Entrevista: Lorena Chaves quer espalhar o Evangelho através da música: 'A luz precisa estar onde há trevas'

Entrevista: Lorena Chaves quer espalhar o Evangelho através da música: 'A luz precisa estar onde há trevas'


  • lorena
    (Foto: Divulgação)
    A cantora e compositora mineira Lorena Chaves.
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A cantora e compositora mineira Lorena Chaves, de 26 anos, ganhou reconhecimento nacional quando participou do programa Ídolos, da rede Record, em 2008. Entre os mais de 30 mil inscritos, Lorena ficou em sexto lugar na competição e, desde então, tem aprendido a conviver com a fama.


Depois de sua participação no programa de calouros, a cantora foi convidada, em 2010, a compor e interpretar uma música para a novela da Rede Globo chamada “Escrito nas Estrelas”, na qual estrelaram os atores Antônio Calloni, Zezé Polessa, Nathali Dill, Marcelo Faria, entre outros.
Lorena é evangélica e frequentadora da Igreja Batista Central e recentemente teve uma declaração sua na revista Veja BH na qual afirma que tem “nojinho” do rótulo gospel, que ela nega ter dito. Sua experiência com Deus se deu em 2010 e, desde então, decidiu entregar sua vida e sua carreira a Ele, mas sem se rotular como cantora gospel ou secular. “Faço música e ponto”, diz ela.
Confira a entrevista exclusiva da cantora ao The Christian Post:
CP: Qual seu histórico como cantora?
Lorena: Eu costumo dizer que canto desde sempre. Nasci amando a música. Meus pais sempre me incentivaram. A gente sempre foi de ouvir muita coisa lá em casa. Meu pai ligava o som alto “para” gente ouvir. Tocava de Milionário & José Rico, passava por Lulu Santos, Rita Lee e rolava Eagles e Queen. Sempre ouvi muito João Alexandre, Carlinhos Veiga, Vencedores por Cristo, Jorge Camargo, que era o que meus pais curtiam ouvir também. Lá em casa tinha todos os instrumentos que você possa imaginar. Em 2007 eu comecei a tocar em barzinhos e em 2008 recebi um convite de uma amiga para participar do programa Ídolos na Rede Record. Foi uma experiência muito legal. Logo depois compus e interpretei uma música para uma novela da Rede Globo chamada “Escrito nas Estrelas” a convite do diretor Rogério Gomes. Então comecei a fazer shows com algumas releituras e com composições próprias também.
CP: Qual sua experiência com Deus?
Lorena: Em novembro de 2010 eu tive uma experiência fantástica com Deus e resolvi entregar por inteiro a minha vida a Ele. Desse dia em diante eu comecei a ouvir coisas que, por muito tempo, não ouvi. Músicas que falavam de Jesus e seus atributos, do verdadeiro amor, da verdade e isso, pela primeira vez, entrou claramente nos meus ouvidos e pude entender quem Cristo era de fato. A minha igreja é minha casa. Aprendi muito nestes dois anos e meio de conversão com meus pastores, líderes e irmãos e claro, tudo o que vivo hoje influencia e muito em minhas composições.
CP: Como foi a conversão?
Lorena: Eu nasci em um lar cristão, mas sempre fui muito cética mesmo dentro da igreja. Sempre achei tudo muito chato. Então, aos 16 anos eu parei de ir aos cultos por simplesmente não acreditar em nada daquilo. Minha irmã mais nova começou a frequentar uma célula em 2009 e me chamou para ir com ela um dia. Achei um absurdo. Tive raiva daquele convite. Nunca havia conseguido enxergar liberdade nesse meio e achava que ser “crente” era o mesmo que não poder fazer várias coisas legais. Eu não sabia o que era seguir a Cristo. Sempre tive uma personalidade muito forte e não gostava de ter que abrir mão de nada. Em novembro de 2010, a célula que minha irmã frequentava passou a se reunir na minha casa, toda sexta-feira às 23h! Vê se isso é hora de célula? Risos... Então neste dia, em casa, resolvi participar daquele momento e foi aí que Deus tocou de uma maneira sobrenatural na minha vida. Eu não sabia o quão triste eu era até achar a verdadeira alegria. Não sabia o quão nas trevas eu estava até encontrar a verdadeira Luz. Para mim, tudo estava correto. Estava tocando, ganhando dinheiro, andando com gente famosa e era isso que eu pensava ser uma vida de verdade. Depois desse dia, diante de tanto Amor vindo diretamente dos céus, eu não resisti e decidi me entregar totalmente a Deus. Decidi que quem havia me criado, morrido por mim e me salvado haveria de me guiar pela vida afora. Como é bom ter a vida transformada por Cristo!
CP: Como foi sua experiência no Ídolos?
Lorena: Foi sensacional! Conheci muita gente legal e fiz amigos verdadeiros. Um exemplo é o meu irmão Rafael Bernardo que além de cantar “sinistramente” bem, é um cara sem igual! Infelizmente moramos em cidades distintas, mas virou um amigo muito especial. Aprendi a ser mais profissional também. Nunca fui de me cuidar, nem cuidar da minha voz, e lá eu vi o tanto que era importante, como em qualquer carreira, você se dedicar e fazer tudo com excelência. Só colhi frutos positivos, graças a Deus.
CP: Fale mais sobre a declaração à Veja BH de ter "nojinho do rótulo gospel".
Lorena: Na verdade eu não disse que tenho “nojinho” de nada. Acho que isso foi um mal entendido. Mas eu realmente não gosto de rótulos desse tipo porque acho que limita a arte. Não enxergo divisão entre “gospel” e “secular” apesar de saber que essa linha exista. Eu faço música e ponto! Não me importo de ser rotulada pelas pessoas porque eu sei que isso é inevitável e que nós, seres humanos, rotulamos tudo sempre. O que eu não faço é rotular o meu trabalho. Deus não me deu essa direção. Tenho amigos que se rotulam como gospel e isso não atrapalha minha amizade com eles ou cria uma divisão entre a gente. Somos irmãos e membros do mesmo corpo. Cada um trabalhando de uma forma diferente. Tenho claro na minha vida que Deus não precisa de mim, nem da minha música, nem de nada. Mas Ele me concedeu, por amor, a graça de poder participar do evangelho e é com a minha vida e com minhas atitudes que vou falar do amor d’Ele por mim. E claro, essa forma de viver vai ser refletida também em minhas composições.
CP: Quais as razões de você querer cantar para todo mundo, "sem guetos"?
Lorena: Na verdade essa foi a expressão que a jornalista utilizou. Mas eu acho que ela entendeu certo. Meu sonho é cantar para todo mundo. Levar boa música para as pessoas. Músicas que falem de um amor puro, de esperança e verdade. Fico muito feliz de ver crianças cantando “Portão Azul”, por exemplo. No meu show de lançamento tinha gente de todas as idades e isso me deixou bastante contente!
CP: Com relação à sua declaração houve alguma repercussão na igreja que frequenta, a Igreja Batista Central?
Lorena: Não. Liguei para um dos meus pastores que sempre me acompanha e contei o que havia acontecido e que, infelizmente, a declaração soou como grosseria. Mas meus pastores me conhecem e me acompanham desde o primeiro dia que pisei na igreja, assim como meus líderes de célula e sabem que eu nunca falaria dessa forma. Então aproveito para pedir perdão a todos que leram essa nota e se sentiram ofendidos. Realmente não foi o que quis transmitir.
CP: Você não considera em nenhuma hipótese cantar músicas voltadas para o público cristão?
Lorena: Eu creio que a luz precisa estar onde há trevas. É isso que Cristo ensina. Então eu não vejo porque cantar apenas para pessoas que creem no mesmo que eu, sendo que o objetivo é espalhar o evangelho por todo o mundo. Eu sei que se me acostumasse a cantar apenas em igrejas e em culto eu iria me acomodar. E eu não posso me acomodar. As pessoas estão perdidas, precisam de Deus e precisam de pessoas dispostas a pregar com a vida um evangelho genuíno. É o que Deus tem me direcionado a fazer e eu quero obedecer. Quero poder contribuir para o Reino e a música é só uma pequena parte da contribuição. Precisamos de pessoas que vivam intensamente o Evangelho e não que apenas façam discursos bonitos e cantem belas canções.
CP: Em quais artistas você se espelha ou se inspira?
Lorena: Em vários! Eu gosto de ouvir coisas diferentes, sou bem eclética. Ouço Caetano Veloso, Chico Buarque, Marisa Monte, Rita Lee, ouço coisas “gringas” como Black Keys, Beatles, U2, e bandas de amigos que sou fã como Transmissor, Palavrantiga, Crombie e por aí vai. Muitos eu gosto das letras, outros gosto da sonoridade. Ouço de tudo mesmo. Gosto demais da Nívea Soares e da doçura, leveza e humildade que ela tem, amo o Thalles Roberto também e sou fã do artista que ele é e da sinceridade que ele tem para escrever. O cara é um talento sem igual mesmo. Eu os conheço pessoalmente e admiro muito. Conheci há pouco tempo a cantora Arianne que é linda, canta muito e acabei me tornando sua amiga e admiradora do seu jeito de ser.
CP: Como é trabalhar para uma gravadora grande como a Som Livre?
Lorena: É um prazer enorme poder fazer parte de uma gravadora como a Som Livre. Desde o início eu fui extremamente bem recebida e tive liberdade para fazer meu som e meu disco do jeito que eu sempre quis e isso foi muito importante. Sou muito agradecida aos diretores e presidente por terem confiado tão generosamente em uma pessoa como eu, que não tem muita experiência, mas que já tinha todas as ideias na cabeça e sabia para onde queria ir desde o início. Esse disco foi a realização de um sonho!
CP: Fale mais sobre o show de estreia do álbum que leva seu nome.
Lorena: Foi mesmo incrível! “Rola” uma preocupação, por apresentar um trabalho novo e todo autoral. Fiquei impressionada ao ver todo mundo cantando todas as músicas. Tive uma recepção maravilhosa. Foi realmente lindo! Todos da produção fizeram um belíssimo trabalho e graças a Deus contei com uma equipe sensacional que fez de tudo para que eu me sentisse em casa. E o palco é minha casa, né?

CP: Quais são seus projetos futuros?
Lorena: Estamos com muitos projetos e trabalhando na divulgação desse disco que acabou de sair. Recebemos muitos convites legais e vamos agendando tudo com calma. Estou super animada para sair em turnê com esse novo trabalho!
 The Christian Post

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