Cardeal acusado de acobertar casos de pedofilia pode não participar de conclave
Roger Mahony, ex-arcebispo e cardeal de Los Angeles, nos Estados Unidos, pode ser aconselhado a não viajar a Roma para participar do conclave, reunião em clausura de cardeais que elegerá o novo papa, já que Bento XVI renunciará ao cargo em 28 de fevereiro. O conclave será convocado no início de março.
- (Foto: Don Bartletti / Reuters)O cardeal e ex-arcebispo Roger Mahony é acusado de acobertar casos de pedofilia na década de 1980
Na semana passada, uma associação de católicos americanos, a Catholics United, enviou uma petição requerendo que Mahony não participasse do conclave. "Prezado cardeal Mahony, fique em casa. Sua participação em escândalos de pedofilia da Igreja e sua proibição de liderar um ministério pela arquidiocese de Los Angeles deveria ser uma indicação de que você não deve participar do próximo conclave", diz o texto da petição online.
Monsenhor Jose Gomez, sucessor de Mahony na arquidiocese de Los Angeles, afastou o cardeal de todas as funções administrativas após ele ter sido acusado de ter acobertar dezenas de casos de pedofilia entre padres na década de 1980.
Em 2007, quando Mahony comandava a arquidiocese de Los Angeles, o cardeal aceitou pagar 660 milhões de dólares a 500 possíveis vítimas de pedofilia num acordo que previa a publicação de dossiês que apontava padres acusados de abusos. No entanto, correspondências entre Mahony e um alto conselheiro mostram que os dois tentavam impedir que os padres fossem encontrados pela polícia.
De Paolis afirma que a situação, apesar de “desconcertante”, pouco provavelmente envolverá o ainda papa Bento XVI.
The Christian Post
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