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Panfletagem eleitoral some de 'corredor evangélico' da zona leste de SP
Av. Celso Garcia abriga sedes das principais igrejas pentecostais do país, que elegeram 11 vereadores à Câmara. Alvo de campanha de vereadores, local agora praticamente ignora candidatos do segundo turno

Apesar da busca dos candidatos a prefeito de São Paulo pelo apoio de bispos e pastores, a campanha eleitoral no segundo turno desapareceu das portas dos templos do chamado "corredor evangélico", região centro-leste da capital que reúne sedes de algumas das principais igrejas pentecostais do país.

No primeiro turno, os fiéis que chegavam para as celebrações no entorno da avenida Celso Garcia, que tem templos da Igreja Universal e de duas das principais correntes da Assembleia de Deus, eram disputados pelos cabos eleitorais de candidatos a vereador apoiados pelas igrejas.

Com a corrida à Câmara já encerrada e Celso Russomanno (PRB), que era apoiado pela Universal, fora do segundo turno, as calçadas ficaram livres de cavaletes e santinhos.

Nesta semana, não houve mobilização nas portas das sedes dos ministérios do Belém e de Madureira da Assembleia de Deus, que apoiam José Serra (PSDB), nem da Universal, que não formalizou apoio no segundo turno.

Um cenário bem diferente do verificado na reta final do primeiro turno, quando campanhas entregavam material produzido sob medida para a Assembleia de Madureira.

O sumiço dos cabos eleitorais no segundo turno reflete um engajamento muito maior das igrejas na eleição de vereadores, com a perspectiva de que eles atuem em prol de interesses das instituições, como a flexibilização de alvarás e da lei do Psiu, que regula a poluição sonora e é usada para multar as igrejas.

A bancada evangélica na Câmara vai crescer de 8 para 11 vereadores em 2013.

Na Universal da Celso Garcia, o material do pastor Souza Santos (PSD), vereador reeleito, era guardado em uma tenda de oração, montada para oferecer preces a quem passava na rua. A tenda continua armada, mas ocupada só por panfletos da igreja.

Os únicos resquícios da mobilização são adesivos na calçada, que começam a se desgastar pelo tempo.

Fonte: Folha de São Paulo

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